O escorpião-amarelo pode se reproduzir fora de época e liberar de 20 à 30 filhotes de forma assexuada. |
Segundo Randy Baldresca, biólogo e pesquisador, o número de bichinhos
andando pelas ruas deve aumentar até 70% nos próximos dois anos.
As causa são o acúmulo de lixo em terrenos baldios, ruas ou em
residências, a falta de informação das pessoas sobre como lidar com o animal e
o aumento do desmatamento para construções civis, fazendo com que esses animais
fiquem sem habitat e migrem para o meio urbano.
Na cidade de São Paulo, moradores de um bairro
nobre relataram que em apenas uma semana, cerca de cem escorpiões foram
capturados.
Uma empresa especializada no controle de pragas
informou que só nas duas primeiras semanas de 2016, mais de 60 infestações de
escorpiões foram controladas por biólogos de São
Paulo. Para se ter ideia, a empresa registra cerca de 80
casos de infestação no período de um ano.
O Ministério da Saúde estimou a quantidade de acidentes por escorpiões
em 2015. Aproximadamente 74,5 mil pessoas picadas em todo o Brasil - um aumento
superior a 24% no período de quatro anos.
“Esse animal consegue se instalar em uma residência
por até um ano sem precisar se alimentar”, diz Baldresca. E os inseticidas
usados para combater insetos não funcionam para controlar escorpiões. Ou
seja, quando provocado, ele se auto reproduz fora de época e libera de 20 a 30
filhotes no ambiente”, explica.
Vale ressaltar que a picada do escorpião amarelo pode matar. O governo do Estado de São Paulo informou que, no ano passado, cinco óbitos foram notificados.
As vítimas que requerem mais atenção são crianças e idosos, sendo recomendado que os mesmos utilizem calçados nos
jardins e que o ambiente de casa esteja sempre limpo. “Assim, você diminui
a presença de baratas, que são a principal fonte de alimentação dos escorpiões”.
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